Em 2006, foi realizada aqui no Brasil, em Curitiba, a 8ª Conferência das Partes (COP-8) da Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB), onde foi adotada pela primeira vez uma resolução a respeito da importância da participação dos empreendedores privados na questão da biodiversidade.
Assim, empreendedores de diversas áreas no Japão reuniram informações e idéias básicas necessárias para as ações de preservação e uso sustentável da biodiversidade, resultando no livro “Diretrizes para o engajamento do setor empresarial com a biodiversidade”.
Essa obra foi avaliada de forma bastante positiva pelo governo brasileiro e, graças aos esforços do Ministério do Meio Ambiente, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Banco Mundial, foi traduzida para o português, cujo lançamento ocorreu em 5 de julho no Jardim Botânico de Brasília.
A solenidade de lançamento contou com a participação do ministro Takahiro Nakamae, representando a Embaixada do Japão, que em seu discurso destacou aspectos como a garantia a longo prazo dos recursos advindos da biodiversidade e a questão da elevação do valor das marcas das empresas, bem como o mérito para as empresas na adoção de ações pela preservação da biodiversidade.
O ministro disse também que as atividades empresariais têm exercido forte influência na biodiversidade através dos diversos setores, como o provimento de matérias-primas, o uso de informações genéticas, a construção civil, usufruindo-se dos benefícios advindos da biodiversidade. Como as atividades empresariais são sustentadas pela consciência dos consumidores, existe um estreito vínculo entre atividade empresarial e o consumo de cada cidadão.
Assim sendo, segundo o ministro Nakamae, é de suma relevância inserir a questão da preservação e do uso sustentável da biodiversidade dentro da estrutura sócio-econômica, através das atividades empresariais em geral e, sobretudo, através de suas ações no âmbito da responsabilidade social.
Ao final, o representante da Embaixada, manifestando expectativas nas diversas ações dos empreendedores em prol da preservação da diversidade biológica, externou o forte desejo de que as “diretrizes” sejam úteis, por pouco que seja, para a resolução dos problemas, bem como o desejo de que se aumente o interesse pelas questões da biodiversidade, através da leitura deste livro, não somente por parte dos empresários, mas também por parte dos governantes, dos especialistas, das ONGs e de todos os brasileiros.